segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Energia, simpatia, harmonia e alegria

Nove meses de espera. Quase uma gestação. Ansiedade, nervosismo e tensão foram sintomas comuns neste período. Até que na última sexta-feira, 14/11/08, a alegria voltou a brilhar, pois A Banda do Zé Pretinho voltava a Salvador para mais uma noite de "energia, simpatia, harmonia e alegria". E foi exatamente isso que aconteceu.

A energia vinha de cima com a"lua de São Jorge, cheia, branca e inteira" em plena sexta-feira. Como bom baiano, saí de casa vestido de branco com as roupas e as armas de Jorge para a vibe positiva fluir e se dissipar.

A simpatia era fácil de perceber. Bastava olhar ao redor e notar o semblante das pessoas. Todos sorriam. Salve simpatia!

Mais harmonia do que a do Cais Dourado neste dia, só em melodia de Tom Jobim. A partitura foi composta por amigos de infância e da faculdade, primos, colegas de trabalho e brothers de farra. Para ficar ainda melhor, até o segurança era educado. Em 12 anos de boêmia, nunca vi nada igual. De forma amistosa, o homem de preto permitiu que eu saísse da festa para entregar um ingresso a um amigo que ainda não havia entrado sem nenhum problema. Nem lembrava o terror acontecido no ensaio da Timbalada no domingo anterior.

"Boa noite, boa noite, bom dia. A Banda do Zé Pretinho chegou para animar a festa". Apoteose! A alegria atinge o nirvana e permanece em êxtase do início ao fim do show. A turma do Ben dançou, pulou e cantou apesar do trio de metais não estar completo, com sax, trompete e trombone, e de Jorge não tocar mais a guitarra cantante como antigamente.

O repertório agradou a todos os públicos presentes na festa - os coroas, os alternativos, os doidões e os playboys. Viva a mistura! De "Taj Mahal" a "O homem da gravata florida", passando por "País Tropical" e "Umbabarauma" e muitos hits. Foram quase duas horas de samba-rock, funk e swing.

Um dos momentos mais aguardados do espetáculo foi a escolha da Miss Simpatia. O percussionista mais malandro do Brasil, Neném da Cuíca, teve a difícil missão de selecionar na platéia as candidatas ao cobiçado título. Neste dia, a cuíca de Neném quase que não roncou devido ao árduo trabalho do seu proprietário. Vários clones da "menina mulher da pele preta" dançavam e se esbaldavam na Cidade Baixa enquanto Neném selecionava uma a uma. "Gostosa, ela é gostosa, bem que minha mãe avisou" era o refrão que saía do microfone e foi gritado por mim e todos os outros homens presentes no baile. As beldades beijavam Benjor, abraçavam-no e balançavam ao seu lado. Ah, como eu queria ser o Zé Pretinho neste momento.

Salve, Jorge!

7 comentários:

Samira Andari disse...

Rpz, pensei 20 vezes se eu ia ou não para esse show. E acabei não indo pór um único motivo: o lugar.
Sim, isso me impediu de ir. Não gostie do último show que fui lá. E olhe que fiquei no camarote e era open bar.... mas não dava p ver o show... embaixo era horrível... e quando lembrei disso desisti.
Mas lendo isso tudo..... caramba.... deve ter sido muuuito bom!!! Me deu uma pontadinha de arrependimento. Como sempre vc escrevendo muito bem!!!!!

Samira Andari disse...

Ops, esse acento no "por" não existe.
bj

Samira Andari disse...

PQP, só consegui ver o vídéo agora.
Ódio pq não fui, ódiooo.
Velho me arrepiei aqui.
Putz... muito bommmmmmmm!!!!!
"tê tê têretere, tê tê retere"
Balaaaaaaaaaaaaa

Anônimo disse...

Excelente texto, Cavalo! Disse tudo e mais um pouco...

Abraço,
Lu do Beco.

::Soda Cáustica:: disse...

Deu até vontade de ir, suar que nem cuzcuz e me estressar com a falta de cerveja. Texto gostoso de ler, que nem a musicas dele.

Leo disse...

E que venha o próximo! hehehe

Anônimo disse...

Deve ter sido bala mesmo! Os "mano" não curtem muito isso por aqui... hehehe