segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Vermelho

Apenas na segunda faculdade que, quem sabe um dia concluirei, soube da existência de alguns autores, digamos, engajados. Como estudante de letras que era, li as primeiras páginas de Noam Chowsky por causa da linguística obviamente. Com o avanço do semestre e das pesquisas, descobri que o crítico número um do Tio Sam possuía uma verve política ativa. Depois disso, passei a ler alguns artigos em revista e textos na internet, mas ainda não consumi nenhum livro do velhinho ainda. Esta paquera é antiga e logo vai virar namoro.

Na mesma época, soube que o pai do Big Brother não era Boninho e jamais poderia trabalhar na Globo devido ao seu texto irônico, ácido e ainda atual. Na verdade, o criador da teletela - que já dava uma espiadinha em 1984 ou seria nos anos 40? - usava o pseudônimo George Orwell.
Fui batizado com "Revolução dos Bichos" e a identificação foi tão rápida quanto os quinze minutos de fama dos "Ex-BBB's". Crítica, um pouco de humor e muitos questionamentos foram os frutos colhidos por mim da fazenda dos porcos que dominaram os homens através da Revolução. Somente quase uma década depois, comprei 1984 para continuar a saga ideológica. Ontem, cheguei à página 200 e ainda restam praticamente a mesma quantidade para encerrar a leitura. Contudo não sinto-me cansado e terminarei a maratona com o fôlego de um queniano em dia de São Silvestre. Motivos não faltam, pois cabe tudo nas palavras de Orwell: a opinião contrária ao estabelecido, o desejo de liberdade plena e as dúvidas dos personagens que se confundem com as do leitor. De maneira surpreendente para mim, um tema tem percorrido os capítulos do best seller. O amor, inspiração maior na música, marca presença na vida de Winston Smith em sua relação com a vida, mulheres e, sobretudo, sua mãe. No último capítulo, o protagonista relata para a sua querida a beleza do sentimento de uma mãe com os seus filhos. Deliciem-se:

"Quando você ama alguém, ama essa pessoa e mesmo não tendo mais nada a oferecer, continua oferecendo-lhe o seu amor. Como não havia mais chocolate, a mãe abraçara a filha com força. Não adiantava, não alterava coisa nenhuma, não fazia aparecer mais chocolate, não evitava a morte da criança nem a dela mesma; mas, para a mãe, era natural fazer aquilo".

Encerrar com a citação acima seria suficiente, mas não convincente. Parreira e os boleiros de 94 que o digam. Concluo tentando entender o porquê da imprensa definir aqueles que acreditam em ideais políticos como românticos de maneira pejorativa. Provavelmente eles não sabem o que leva as pessoas a participar de uma passeata, acompanhar um comício no meio da praça, fazer manifestação nas ruas ou até arriscar a própria vida. Catarina sabia disso e fez de tudo para os seus filhos tal qual a mãe de Winston.

Amanhã completo 30 anos e o que mais queria era ouvir esse xote com a certeza de que encontraria aquele cantinho para um dengo e receber o que ela me deu de melhor, o seu amor.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Canção para o ano novo

Voz, melodia e letra perfeitas. Obrigado, Simoninha, minha família e amigos por tudo!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Lilás

Vejam agora a seção sunset ao som de Djavan.

Pituba



Barra



Ribeira



Mogi das Cruzes - 1



Mogi das Cruzes - 2



Pictures

Retomando a série de fotos pelo celular tiradas do carro, andando ou de bobeira sem relação alguma entre si e sempre com citações musicais.

"Prometi novamente voltar para as águas"



"Azul da cor do mar"



"Let love rule"



"Chame gente"



"E lá vou eu"



"Colé merma?!"



"Se plante, Bill!"



"Olha o cachorro louco, fofinho"