terça-feira, 14 de outubro de 2008

Síndrome de Chicó

Quase todo mundo tem um amigo que sofre da Síndrome de Chicó. Os sintomas dessa doença são muitos. Seguem os principais: fantasia excessiva, criatividade exarcebada, ludicidade em alta, fanatismo por Pinóquio e, principalmente, muito humor.
Conheci, recentemente, uma pessoa, cujo pseudônimo será Zé, que é portadora da Síndrome de Chicó por muitos anos. Geralmente, essas pessoas têm infinitas histórias - ou seriam estórias? - para contar aos amigos que sempre riem delas. Então, vou redigir uma breve coletânea dos causos de Zé, que jura serem todos verdadeiros.

A mulher que virava cachorro

Segundo Zé, em sua cidade do interior, Aruama, existia uma mulher que se transformava em cachorra. Não é lobisomem, minha gente, é cachorro mesmo. Tipo pitbull, poodle ou labrador.
Zé me disse que ela era excomungada, bastarda e não tratava bem a mãe. Até que um dia, no auge de sua fúria, a Suzane von Richthofen dos anos 80 agrediu a sua genitora, aplicando-a uma surra da mulesta.
Depois disso, a mãe fez uma mandinga para que a filha virasse cachorra em todas as Semanas Santas. A cigana atendeu o feitiço da mãe e, por isso, quase que a pomba-gira foi parar na novela "Os Mutantes". A filha se transformou em um cadela branca mais feia do que o coisa-ruim.

O gato

Para mim, esse causo é campeão. Zé criava um gato muito esperto em casa. Podia até assumir o lugar de "Olho Vivo" no desenho animado.
Sempre que Zé deixava a sua caneta cair no chão, o bichano ia em direção ao objeto e o colocava na boca como se quisesse brincar com a Bic.
Um belo dia, Zé procurou a sua Kilométrica para anotar o telefone de um amigo, mas não a encontrou. Quando ele viu o felino, deduziu que a esferográfica estivesse em sua boca. Porém, o fã de Forrest Gump teve um susto! O dono das sete vidas estava com a caneta em sua patinha e estava escrevendo o seu nome, "Félix".

A curupira

Na mesma Aruama, Zé tinha um tio que morreu de morte matada. Ele não foi vítima de emboscada nem de disputa por terra. Quem o matou foi a sua esposa. O motivo não era ciúme ou herança. O tio de Zé era casado com um curupira, aquela verde de cabelo vermelho com pés em 180 graus.
Após uma DR intensa, a curupira se retou e deixou o tio de Zé cego. Não satisfeita, a prima de Hulk largou o velhinho sozinho no meio do mato. Até hoje, os primos de Zé aparecem no quadro "Desaparecidos" do Bahia Meio Dia sem muito sucesso. Mulher braba é fogo, mermão.

2 comentários:

::Soda Cáustica:: disse...

eu acho q eu tenho esse negocinho.

Anônimo disse...

ahahahahahahhaha
to imaginando ZE contando esses "causos"!!! tenho q ver isso um dia de perto! ahahaha
muito bom!!